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Trabalho de Relações Internacionais
Trabalho de Relações Internacionais

TEMA: Primeira Guerra Mundial

 

 

CAPITULO I………………………………………………………..…………………………2

1.1 História

1.2 Primeira Guerra Mundial……………………………………….……………………….3

1.3 O início dos confrontos………………………………………………………………….4

1.4 A Batalha Sérvia…………………………………………………………………………5

1.5 Alemanha na Bélgica e França…………………………………………………...……5

1.6 A Guerra das Trincheiras……………………………………………………….………6

1.7 Fim da Guerra……………………………………………………………………...…….7

 

CAPITULO II…………………………………………………….……………………………8

2.1 Principais causas

2.2 Corrida Armamentista……………………………………………….…………………..8

2.3 Militarismo e Autocracia……………………………………………..………………….9

2.4 Imperialismo Económico…………………………………………….………………….9

2.5 Nacionalismo, Romantismo e a "Nova Era"………………..……………………….10

2.6 A Culminação da História Europeia………………………………...………………..10

 

Capitulo III………………………………………………………………...…………………11

3.1 Principais Consequências

3.2 Crimes de Guerra…………………………………………………….………………..12

3.3 Tecnologia…………………………………………………………………..…………..12

 

Conclusão…………..……………………………………………………………………….14

Referencias Bibliográficas………………………………………………..………..………15


 

GLOSSÁRIO

 

 ü  ANZAC (Austrália e Nova Zelândia).

ü  EUA Estados Unidos de América

ü  HMS Dreadnought, O demónio em acção

 

 

 

 DEFINIÇÕES DE TERMOS

 

 

 Armênica – Relativos ao fabrico de armas

Bélicas – Relativo a guerra, que esta na guerra

Beligerantes – o que esta em Guerra

Geo-político – Interpretação da vida e da evolução politica das nações em face dos factores geográficos

Trincheiras – Focos extenso abertos em torno de fortificação

 

 

  DEDICATÓRIA

 

 

Dedicamos esse trabalho as nossas famílias, que muito fazem para continuarmos os nossos estudos. O nosso muito obrigado.

 

 

 IV

AGRADECIMENTOS

 

 

Primeiramente agradeço ao todo poderoso que me deu força e saúde, ao professor por ter nos dado a oportunidade, na pesquisa e elaboração deste trabalho.

 

Bem-haja a todos.

 

 

INTRODUÇÃO

 

Este trabalho surgiu no âmbito da disciplina de Relações Internacional que é leccionada no 2º ano da licenciatura de Gestão e Administração Pública e que tem como finalidade a reflexão da seguinte questão: Causas e consequência da Iª guerra mundial.

Foi neste contexto que surgiu a ideia de realizar um trabalho que exemplifique uma das teorias que procura explicar a origem da guerra mundial.

            O objectivo deste trabalho é justamente apresentar uma dessas teorias: O início dos confrontos, a Batalha Sérvia, Alemanha na Bélgica e França, Fim da Guerra, Causas, Consequências e mais, etc. e como se  explica o conceito de a guerra

 

 

 

 CAPITULO I

1.1 História

 

A crise de Julho e as declarações de guerra

Declaração de guerra do Império Alemão em 1914.

Após o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando em 28 de Junho, o Império Austro-Húngaro esperou três semanas antes de decidir tomar um curso de acção. Essa espera foi devida ao fato de que grande parte do efectivo militar estava na ajuda a colheita, o que impossibilitava a acção militar naquele período. Em 23 de Julho, graças ao apoio incondicional alemão (carta branca) ao Império Austro-Húngaro se a guerra eclodisse, foi-se mandando um ultimato a Sérvia que continha várias requisições, entre elas a que agentes austríacos fariam parte das investigações, e que a Sérvia seria a culpada pelo atentado. O governo sérvio aceitou todos os termos do ultimato, com excepção da participação de agentes austríacos, o que na opinião sérvia constituía uma violação de sua soberania.

Por causa desse termo, rejeitado em resposta sérvia em 26 de Julho, o Império Austro-Húngaro cortou todas as relações diplomáticas com o país e declarou guerra ao mesmo em 28 de Julho, começando o bombardeio à Belgrado (capital sérvia) em 29 de Julho. No dia seguinte, a Rússia, que sempre tinha sido uma aliada da Sérvia, deu a ordem de locomoção a suas tropas. Os alemães, que tinham garantido o apoio ao Império Austro-Húngaro no caso de uma eventual guerra mandaram um ultimato ao governo russo para parar a mobilização de tropas dentro de 12 horas, no dia 31. No primeiro dia de Agosto o ultimato tinha expirado sem qualquer reacção russa. A Alemanha então declarou-lhe guerra. Em 2 de Agosto a Alemanha ocupou Luxemburgo, como o passo inicial da invasão à Bélgica e do Plano Schlieffen (que previa a invasão da França e da Rússia). A Alemanha tinha enviado outro ultimato, desta vez à Bélgica, requisitando a livre passagem do exército alemão rumo à França. Como tal pedido foi recusado, foi declarada guerra à Bélgica.

Em 3 de Agosto a Alemanha declarou guerra à França, e no dia seguinte invadiu a Bélgica. Tal ato, violando a soberania belga - que Grã-Bretanha, França e a própria Alemanha estavam comprometidos a garantir fez com que o Império Britânico saísse da sua posição neutra e declarasse guerra à Alemanha em 4 de Agosto.

 

1.2 Primeira Guerra Mundial

 

A Primeira Guerra Mundial (também conhecida como Grande Guerra antes de 1939, e Guerra das Guerras) foi um conflito mundial ocorrido entre 28 de Julho de 1914 e 11 de Novembro de 1918.

A guerra ocorreu entre a Tríplice Entente (liderada pelo Império Britânico, França, Império Russo (até 1917) e Estados Unidos (a partir de 1917) que derrotou a Tríplice Aliança (liderada pelo Império Alemão, Império Austro-Húngaro e Império Turco-Otomano), e causou o colapso de quatro impérios e mudou de forma radical o mapa geo-político da Europa e do Médio Oriente.

No início da guerra (1914), a Itália era aliada dos Impérios Centrais na Tríplice Aliança, mas, considerando que a aliança tinha carácter defensivo (e a guerra havia sido declarada pela Áustria) e a Itália não havia sido preventivamente consultada sobre a declaração de guerra, o governo italiano afirmou não se sentir vinculado à aliança e que, portanto, permaneceria neutro. Mais tarde, as pressões diplomáticas da Grã-Bretanha e da França fizeram-na firmar em 26 de Abril de 1915 um pacto secreto contra o aliado austríaco, chamado Pacto de Londres, no qual a Itália se empenharia a entrar em guerra decorrido um mês em troca de algumas conquistas territoriais que obtivesse ao fim da guerra: o Trentino, o Tirol Meridional, Trieste, Gorizia, Ístria (com excepção da cidade de Fiume), parte da Dalmácia, um protectorado sobre a Albânia, sobre algumas ilhas do Dodecaneso e alguns territórios do Império Turco, além de uma expansão das colónias africanas, às custas da Alemanha (a Itália já possuía na África: a Líbia, a Somália e a Eritreia). O não cumprimento das promessas feitas à Itália foi um dos factores que a levaram a aliar-se ao Eixo na Segunda Guerra Mundial.

Em 1917, a Rússia abandonou a guerra em razão do início da Revolução. No mesmo ano, os EUA, que até então só participavam na guerra como fornecedores, ao ver os seus investimentos em perigo, entram militarmente no conflito, mudando totalmente o destino da guerra e garantindo a vitória da Tríplice Entente.

 

1.3 O início dos confrontos

 

Alianças militares europeias em 1915. A Tríplice Aliança está representada em castanho, a Tríplice Entente em verde e as nações neutras em pêssego.

Algumas das primeiras hostilidades de guerra ocorreram no continente africano e no Oceano Pacífico, nas colónias e territórios das nações europeias. Em Agosto de 1914 um combinado da França e do Império Britânico invadiu o protectorado alemão da Togoland, no Togo. Pouco depois, em 10 de Agosto, as forças alemãs baseadas na Namíbia atacaram a África do Sul, que pertencia ao Império Britânico. Em 30 de Agosto a Nova Zelândia invadiu a Samoa, da Alemanha; em 11 de Setembro a Força Naval e Expedicionária Australiana desembarcou na ilha de Neu Pommern (mais tarde renomeada Nova Britânia), que fazia parte da chamada Nova Guinéa Alemã. O Japão invadiu as colónias micronésias e o porto alemão de abastecimento de carvão de Qingdao na península chinesa de Shandong. Com isso, em poucos meses, a Tríplice Entente tinha dominado todos os territórios alemães no Pacífico. Batalhas esporádicas, porém, ainda ocorriam na África.

Na Europa, a Alemanha e o Império Austro-Húngaro sofriam de uma mútua falta de comunicação e desconhecimento dos planos de cada exército. A Alemanha tinha garantido o apoio à invasão Austro-Húngara a Sérvia, mas a interpretação prática para cada um dos lados tinha sido diferente. Os líderes do Austro-Húngaros acreditavam que a Alemanha daria cobertura ao flanco setentrional contra a Rússia. A Alemanha, porém, tinha planejado que o Império Austro-Húngaro focasse a maioria de suas tropas na luta contra a Rússia enquanto combatia a França na Frente Ocidental. Tal confusão forçou o exército Austro-Húngaro a dividir suas tropas. Mais da metade das tropas foi combater os russos na fronteira, enquanto um pequeno grupo foi deslocado para invadir e conquistar a Sérvia.

 

1.4 A Batalha Sérvia

 

Tropas austríacas executando prisioneiros sérvios.

O exército sérvio lutou em uma batalha defensiva para conter os invasores austro-húngaros. Os sérvios ocuparam posições defensivas no lado sul do rio Drina. Nas duas primeiras semanas os ataques austro-húngaros foram repelidos causando grandes perdas ao exército da Tríplice Aliança. Essa foi a primeira grande vitória da Tríplice Entente na guerra. As expectativas austro-húngaras de uma vitória fácil e rápida não foram realizadas e como resultado o Império Austro-Húngaro foi obrigado a manter uma grande força na fronteira sérvia, enfraquecendo as tropas que batalhavam contra a Rússia.

 

1.5 Alemanha na Bélgica e França

 

Assalto francês às posições alemãs em Champagne, França, 1917.

Após invadir o território belga, o exército alemão logo encontrou resistência na fortificada cidade de Liège. Apesar do exército ter continuado a rápida marcha rumo à França, a invasão germânica tinha provocado a decisão britânica de intervir em ajuda a Tríplice Entente. Como signatário do Tratado de Londres, o Império Britânico estava comprometido a preservar a soberania belga. Para a Grã-Bretanha os portos de Antwerp e Ostend eram importantes demais para cair nas mãos de uma potência continental hostil ao país[1] Para tanto, enviou um exército para a Bélgica, atrasando o avanço alemão.

Inicialmente os mesmos tiveram uma grande vitória na Batalha das Fronteiras (14 de Agosto a 24 de Agosto de 1914). A Rússia, porém, atacou a Prússia Oriental, o que obrigou o deslocamento das tropas alemãs que estavam planejadas para ir a Frente Ocidental. A Alemanha derrotou a Rússia em uma série de confrontos chamados da Segunda Batalha de Tannenberg (17 de Agosto a 2 de Setembro de 1914). O deslocamento imprevisto para combater os russos, porém, acabou permitindo uma contra-ofensiva em conjunto das forças francesas e inglesas, que conseguiram parar os alemães em seu caminho para Paris, na Primeira Batalha do Marne (Setembro de 1914), forçando o exército alemão a lutar em duas frentes. O mesmo se postou numa posição defensiva dentro da França e conseguiu incapacitar permanentemente 230.000 franceses e britânicos.

 

1.6 A Guerra das Trincheiras

 

Nas trincheiras: Infantaria com máscaras de gás, 1917.

            Mais poderoso que as capacidades ofensivas, tornando a guerra extremamente mortífera. O arame farpado era um constante obstáculo para os avanços da infantaria; a artilharia, muito mais letal que no século XIX, armada com poderosas metralhadoras. Os alemães começaram a usar gás tóxico em 1915, e logo depois, ambos os lados usavam da mesma estratégia. Nenhum dos lados ganhou a guerra pelo uso de tal artifício, mas eles tornaram a vida nas trincheiras ainda mais miserável tornando-se um dos mais temidos e lembrados horrores de guerra.

Numa nota curiosa, temos que no início da guerra, chegado a primeira época natalícia, se encontram relatos de os soldados de ambos os lados cessarem as hostilidades e mesmo saírem das trincheiras e cumprimentarem-se. Isto ocorreu sem o consentimento do comando, no entanto, foi um evento único. Não se repetiu posteriormente por diversas razões: o número demasiado elevado de baixas aumentou os sentimentos de ódio dos soldados e o comando, dados os acontecimentos do primeiro ano, tentou usar esta altura para fazer propaganda, o que levou os soldados a desconfiar ainda mais uns dos outros.

A alimentação era sobretudo à base de carne e vegetais enlatados e biscoitos, sendo os alimentos frescos uma raridade.

 

1.7 Fim da Guerra

 

A partir de 1917 a situação começou a alterar-se, quer com a entrada em cena de novos meios, como o carro de combate e a aviação militar, quer com a chegada ao teatro de operações europeu das forças norte-americanas ou a substituição de comandantes por outros com nova visão da guerra e das tácticas e estratégias mais adequadas; lançam-se, de um lado e de outro, grandes ofensivas, que causam profundas alterações no desenho da frente, acabando por colocar as tropas alemãs na defensiva e levando por fim à sua derrota. É verdade que a Alemanha adquire ainda algum fôlego quando a revolução estala no Império Russo e o governo bolchevista, chefiado por Lênin, prontamente assina a paz sem condições, assim anulando a frente leste, mas essa circunstância não será suficiente para evitar a derrota. O armistício que põe fim à guerra é assinado a 11 de Novembro de 1918.

 

 

CAPITULO II

2.1 Principais Causas

 

Motivos que provocaram a Primeira Guerra Mundial:

ü A partilha das terras da África e Ásia, na segunda metade do século XIX, gerou muitos desentendimentos entre as nações europeias. Enquanto Inglaterra e França ficaram com grandes territórios com muitos recursos para explorar, Alemanha e Itália tiveram que se contentar com poucos territórios de baixo valor. Este descontentamento ítalo-germânico permaneceu até o começo do século XX e foi um dos motivos da guerra, pois estas duas nações queriam mais territórios para explorar e aumentar seus recursos;

ü No final do século do século XIX e começo do XX, as nações europeias passaram a investir fortemente na fabricação de armamentos. O aumento das tensões gerava insegurança, fazendo assim que os investimentos militares aumentassem diante de uma possibilidade de conflito armado na região;

ü  A concorrência económica entre os países europeus acirrou a disputa por mercados consumidores e matérias-primas. Muitas vezes, acções economicamente desleais eram tomadas por determinados países ou empresas (com apoio do governo);

ü A questão dos nacionalismos também esteve presente na Europa pré-guerra. Além das rivalidades (exemplo: Alemanha e Inglaterra), havia o pan-germanismo e o pan-eslavismo. No primeiro caso era o ideal alemão de formar um grande império, unindo os países de origem germânica. Já o pan-eslavismo era um sentimento forte existente na Rússia e que envolvia também outros países de origem eslava.

 

2.2 Corrida Armamentista

 

 

A corrida naval entre Inglaterra e Alemanha foi intensificada em 1906 pelo surgimento do HMS Dreadnought, revolucionário navio de guerra. Uma evidente corrida armamentista na construção de navios desdobrava-se entre as duas nações. O historiador Paul Kennedy argumenta que ambas as nações acreditavam nas teorias de Alfred Thayer Mahan, de que o controle do mar era vital a uma nação.

O também historiador David Stevenson descreve a corrida como um "auto reforço de um ciclo de elevada prontidão militar", enquanto David Herrman via a rivalidade naval como parte de um grande movimento para a guerra. Contudo, Niall Ferguson argumenta que a superioridade britânica na produção naval acabou por transformar tal corrida armamentista em um factor que não contribuiu para a movimentação em direcção a guerra.

Este período, entre 1885 e 1914,[2] ficou conhecido como a Paz Armada[3]

 

 

2.3 Militarismo e Autocracia

 

O presidente dos EUA Woodrow Wilson e outros observadores americanos culpam o militarismo pela guerra. A tese é que a aristocracia e a elite militar tinham um controle grande demais sobre a Alemanha, Itália e o Império Austro-Húngaro, e que a guerra seria a consequência de seus desejos pelo poder militar e o desprezo pela democracia. Consequentemente, os partidários dessa teoria pediram pela abdicação de tais soberanos, o fim do sistema aristocrático e o fim do militarismo - tudo isso justificou a entrada americana na guerra depois que a Rússia czarista abandonou a Tríplice Entente. Wilson esperava que a Liga das Nações e um desarmamento universal poderia resultar numa paz, admitindo-se algumas variantes do militarismo como nos sistemas políticos da Inglaterra e França[4]

 

 

2.4 Imperialismo Económico

 

 

Lênin era um famoso defensor de que o sistema imperialista vigente no mundo era o responsável pela guerra. Para corroborar as suas ideias ele usou as teorias económicas de Karl Marx e do economista inglês John A. Hobson, que antes já tinha previsto as consequências do imperialismo económico na luta interminável por novos mercados, que levaria a um conflito global, em seu livro de 1902 chamado "Imperialismo".[5] Tal argumento provou-se convincente no início imediato da guerra e ajudou no crescimento do Marxismo e Comunismo no desenrolar do conflito. Os panfletos de Lênin de 1917, "Imperialismo: O Último Estágio do Capitalismo", tinham como argumento que os interesses dos bancos em várias das nações capitalistas/imperialistas tinham levado à guerra[6]

 

 

2.5 Nacionalismo, Romantismo e a "Nova Era"

 

Os líderes civis das nações europeias estavam na época enfrentando uma onda de fervor nacionalista que estava se espalhando pela Europa há anos, como memórias de guerras enfraquecidas e rivalidades entre povos, apoiados por uma mídia sensacionalista e nacionalista. Os frenéticos esforços diplomáticos para mediar a rixa entre o Império Austro-Húngaro e a Sérvia foram irrelevantes, já que a opinião pública naquelas nações pediam pela guerra para defender a chamada honra nacional. Já a aristocracia exercia também forte influência pela guerra, acreditando que ela poderia consolidar novamente seu poder doméstico. A maioria dos beligerantes pressentiam uma rápida vitória com consequências gloriosas. O entusiasmo patriótico e a euforia presentes no chamado Espírito de 1914 revelavam um grande optimismo para o período pós-guerra.

 

 

2.6 A Culminação da História Europeia

 

 

A guerra localizada entre o Império Austro-Húngaro e a Sérvia teve como principal (e quase único) motivo o Pan-eslavismo, o movimento separatista dos Balcãs. O Pan-eslavismo influenciava a política externa russa, principalmente pelos cidadãos eslavos no país e os desejos económicos de um porto em águas quentes[7] O desenrolar da Guerra dos Balcãs reflectia essas novas tendências de poder das nações europeias. Para os germânicos, tanto as Guerras Napoleónicas quanto a Guerra dos Trinta Anos foram caracterizados por invasões que tiveram um grande efeito psicológico; era a posição precária da Alemanha no centro da Europa que tinha levado a um plano activo de defesa como o Plano Schlieffen [8]. Ao mesmo tempo a transferência da disputada Alsácia e Lorena e a derrota na Guerra franco-prussiana influenciaram a política francesa, dando origem ao chamado revanchismo. Após a Liga dos Três Impérios ter se desmanchado, a França formou uma aliança com a Rússia, e a guerra por duas frentes começou a se tornar uma preocupação para o exército alemão.

 

 

Capitulo III

3.1 Principais Consequências

 

Durante a Primeira Guerra Mundial morreram, aproximadamente, 9 milhões de pessoas (entre civis e militares). O número de feridos, entre civis e militares, ficou em cerca de 30 milhões.

ü  Desenvolvimento de vários armamentos de guerra como, por exemplo, tanques de guerra e aviões;

ü  Desintegração dos impérios Otomano e Austro-Húngaro;

ü  Fortalecimento dos Estados Unidos no cenário político e militar mundial;

ü  Criação da Liga das Nações, com o objectivo de garantir a paz mundial;

ü  Assinatura do Tratado de Versalhes que impôs uma série de penalidades a derrotada Alemanha;

ü  Geração de crise económica na Europa, em função da devastação causada pela Grande Guerra e também dos elevadíssimos gastos militares;

ü  Fortalecimento e desenvolvimento da industrialização brasileira.

ü  Surgimento do sentimento de revanchismo na Alemanha, em função das duras penalidades impostas pelo Tratado de Versalhes.

 

3.2 Crimes de Guerra

 

 

Ossadas de vítimas do genocídio armênio em Erzingan, na Turquia.

A limpeza étnica da população armênica durante os anos finais do Império Turco-Otomano é amplamente considerada como um genocídio. Com a guerra em curso, os turcos acusaram toda a população armênica, cristãos em sua maioria, de serem aliados da Rússia, utilizando-se disso como pretexto para lidar com toda a minoria considerando-a inimiga do império. É difícil definir o número exacto de mortos do período, sendo estimado por diversas fontes para quase um milhão de pessoas mortas em campos de concentração, excluindo-se as que morreram por outros motivos. Desde o evento os governos turcos têm sistematicamente negado as acusações de genocídio, argumentando que os armênicos morreram por uma guerra estar em curso ou que sua matança foi justificada pelo apoio dado aos inimigos do país.

 

 

3.3 Tecnologia

 

 

Exército britânico utilizando uma metralhadora Vickers.

A Primeira Guerra Mundial foi uma mistura de tecnologia do século XX com tácticas do século XIX.

Muitos dos combates durante a guerra envolveram a guerra das trincheiras, onde milhares de soldados por vezes morriam só para ganhar um metro de terra. Muitas das batalhas mais sangrentas da história ocorreram durante a Primeira Guerra Mundial. Tais batalhas incluíam Ypres, Vimy, Marne, Cambrai, Somme, Verdun, e de Gallipoli. A artilharia foi a responsável pelo maior número de baixas durante a guerra.

Tanque de guerra britânico capturado pelos Alemães durante a Primeira Guerra Mundial.

Neste conflito estiveram envolvidos cerca de 65 milhões de soldados e destacaram-se algumas figuras militares, como o estrategista da Batalha do Marne, o general francês Joffre, o general Ferdinand Foch, também da mesma nacionalidade, que veio a assumir o controle das forças aliadas, o general alemão Von Klück, que esteve às portas de Paris, general britânico John French, comandante do Corpo Expedicionário Britânico e o comandante otomano Kemal Ataturk, vencedor na Batalha de Gallipoli contra a Inglaterra e o ANZAC (Austrália e Nova Zelândia).

A guerra química e o bombardeamento aéreo foram utilizados pela primeira vez em massa na Primeira Guerra Mundial. Ambos tinham sido tornados ilegais após a Convenção Hague de 1907. Os aviões foram utilizados pela primeira vez com fins militares durante a Primeira Guerra Mundial. Inicialmente a sua utilização consistia principalmente em missões de reconhecimento, embora tenha depois se expandido para ataque ar-terra e actividades ar-ar, como caças. Foram desenvolvidos bombardeiros estratégicos principalmente pelos alemães e pelos britânicos, já tendo os alemães utilizado zeppelins para bombardeamento aéreo.

 

 

 Conclusão

 

 

Desta forma afirmo que a guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos, arrasou campos agrícolas, destruiu indústrias, além de gerar grandes prejuízos económicos, As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território.

Originou ainda pouca taxa de natalidade, o despovoamento e o desenvolvimento de muitos países, a fome e as doenças também eram os inimigos destes guerreiros. Com a guerra deu-se os primeiros impulso das novas tecnologia bélicas usadas nos combates como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas.

 

  

 Referencias Bibliográficas

 

 

Livros sobre a Primeira Guerra Mundial

Primeira Guerra Mundial
Autor: Willmott, H. P.
Editora: Nova Fronteira

Tudo o que Você Deve Saber Sobre a Primeira Guerra Mundial
Autor: Hernandez , Jesus
Editora: Madras

 


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