TEMA: Os Agentes da Mudança Social
INDÍCE…………………………………………………………..…………………PAG.
Índice…………………………………………………………………………………….I
Dedicatória……………………………………………………………………….…….II
Agradecimento………………………………………………………………………...III
Introdução............................................................................................................1
Justificação do tema............................................................................................2
Objecto.................................................................................................................3
Objectivos Gerais.................................................................................................4
Objectivos Especifico...........................................................................................4
Caracteristicas.....................................................................................................5
1. Noção de Mudança Social...............................................................................6
1.2 Etapas do Processo de Mudança..................................................................6
1.3 Consequências da Mudança.........................................................................7
2- Agentes da Mudança Social............................................................................8
2.1 Tipos de Movimentos Sociais........................................................................9
2.2 Factores e Agentes de Mudança...................................................................9
Conclusão..........................................................................................................13
Referências Bibliograficas.................................................................................14
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como base introdutória explorar o potencial de uma relação entre a informação e os agentes da mudança, relação esta que não é simplesmente reactiva, uma vez que a ciência e o senso comum associam-se para tornar claro o tema em análise ”Os Agentes da Mudança Social”. Uma das características singulares da ciência na contemporaneidade é a sua flexibilidade em relação a alguns aspectos antes considerados indesejáveis, em função do excesso pragmático e do isolamento disciplinar. Vários outros conjuntos de relações, conceitos e interpretações poderiam ser estabelecidos a partir de temáticas como ciência, senso comum e Mudança Social. Discussões como essas tornam-se quase que intermináveis. São essas incertezas que se tenta abordar no presente trabalho.
JUSTIFICAÇÃO DO TEMA
É lícito afirmar que qualquer pesquisa científica requer tanto o emprego de métodos, quanto de técnicas, mas em que se distinguem uns dos outros? De que ideias básicas partiremos? Utilizamos métodos e técnicas. A palavra método refere-se a uma forma geral de conduzir pesquisas científicas; e técnicas são maneiras de actuar, baseadas em recursos especiais, como são os argumentos estatísticos, aparelhos e instrumentos de comunicação, mediante os quais pretende alcançar resultados, presumivelmente úteis, na investigação científica.
Este trabalho não se constitui numa pesquisa experimental, também não pode vir a ser caracterizado como estudo teórico, no sentido de que se procura propor alguma teoria que possa posteriormente ser submetida ao julgamento dos factos, trata-se de uma pesquisa de levantamento de dados, visa fornecer informações acerca dos Agentes da mudança Social. Na verdade, a metodologia que empregamos é a qualitativa, pois mostra de forma organizativa as vantagens e desvantagens da Mudança Social.
OBJECTO
O Objecto de estudo da Mudança Social é a transformação dos valores, ideais e formas de relacionamento resultantes, nomeadamente, de processos de modernização que questionam o antigo e do relacionamento mais forte entre os povos dos diferentes espaços nacionais, em virtude dos processos progressivos de interdependência a nível mundial.
A mudança social ainda recai nos acontecimentos do dia a dia, surgi inúmeros factores como: A partir de mudanças económicas; o crescimento proporcional na população de pessoas idosas, aumento do número de divórcios, mudanças no papel da mulher, persistência do desemprego, aumento do número dos sem casa, tensão entre diferentes grupos étnicos, conscientização em relação aos perigos ambientais, etc.
OBJECTIVOS GERAIS
É evidente que no âmbito do processo das nossas pesquisas traçamos objectivos relacionados ao tema, eis então os objectivos gerais do nosso estudo:
v Fornecer informações necessárias e indispensáveis sobre os factores que determinaram as Mudanças Sociais;
v Caracterizar, em termos descritivos cada passo dado para que se desse então as Mudanças Sociais;
v Desvendar as atitudes preconceituosas;
v Descobrir como é sustentável, quais os ramos em que coopera este fenómeno;
v Procurar saber se este intercâmbio suscita o interesse das autoridades;
v Mostrar consciência da importância deste intercâmbio;
OBJECTIVOS ESPECIFICOS
v Criar grupos que sejam capazes de influenciar os processos de tomada das decisões que lhe dizem respeito,
v Estabelecer e beneficiar-se de grupos de iniciativa sociais, a fim de alcançar o desenvolvimento individual e mudanças sociais e assim reduzir a dependência.
v Melhorar o desenvolvimento de comunidade é um processo desencadeador da auto-determinação de grupos sociais.
v Criar agente comunitário, por ser o elemento decisivo neste processo, pois sem ele a comunidade não funciona e todas as outras atingiram as metas.
CARACTERÍSTICAS
A mudança é um fenómeno colectivo, afecta e implica um conjunto substancial de indivíduos que verão, assim, alterados o seu modo e condição de vida.
v Corresponde a uma mudança estrutural, não a uma adaptação funcional das estruturas existentes, torna-se possível observar alterações profundas na forma de organização social passíveis de comparação com as formas anteriores.
v É identificável no tempo, o que nos permite detectar e descrever as alterações estruturais a partir de um ponto de referência.
v Não é efémero, qualquer evento passageiro, independentemente da sua força de pressão e de desorganização social, não conduz à mudança social, pois os seus efeitos desaparecem progressivamente com a adaptação funcional do sistema cultural existente.
1- NOÇÃO DA MUDANÇA SOCIAL
O sistema cultural não é um sistema fechado, antes vai crescendo e transformando-se com o contributo intelectual e artístico dos homens e mulheres de cada tempo e lugar. Sendo um fenómeno participado, que concretiza a forma de expressão e de realização de um grupo, cada geração irá dar-lhe o seu contributo ao encontrar novas formas e idealizar outros valores, ao inventar outras formas de relacionamento e ao criar novas tecnologias.
A cultura transmitida a cada geração nunca é a cultura que a geração presente herdou mas a que já produziu.
Mudança Social é Toda a transformação observável no tempo, que afecta, de modo não provisório ou efémero, a estrutura ou o funcionamento da organização social de uma dada colectividade e modifica o curso da sua história.
É a transformação dos valores, ideais e formas de relacionamento resultantes, nomeadamente, de processos de modernização que questionam o antigo e do relacionamento mais forte entre os povos dos diferentes espaços nacionais, em virtude dos processos progressivos de interdependência a nível mundial.
1.2 ETAPAS DO PROCESSO DE MUDANÇA
v Descristalização do sistema de ideias vigente;
v Reestruturação de um novo sistema noutras bases;
v Recristalização do novo sistema de ideias;
v A evolução social resulta do processo de mudança;
1.3 CONSEQUÊNCIAS DA MUDANÇA
O processo de mudança carrega inúmeras consequências, dentre elas:
v Aculturação, que é o processo de mutação cultural, concretizado pela aquisição de elementos materiais e espirituais de uma cultura por outra, resultante do contacto entre os povos, resulta de processos de intercâmbio comercial, científico, técnico e artístico;
O processo de aculturação nem sempre se faz de forma pacífica, pois que, o contacto entre os povos nem sempre resultou o estabelecimento de relações amigáveis.
v Aculturação por assimilação, verifica-se entre os povos que estão em contacto permanente, sem que qualquer cultura exerça sobre a outra um processo de dominação. Cada cultura aprende livremente os traços materiais e espirituais da outra, tem ainda como factor determinante a actividade comercial e o desenvolvimento dos meios de comunicação e informação;
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v Aculturação por destruição, nesta, a aculturação não é um processo livremente aceite pelas duas culturas, antes funciona de forma quase unilateral: a cultura do povo conquistador impõe-se à cultura do povo dominado, que se vê, assim, despojado dos elementos culturais que a sua vida social forjou. Resulta do encontro de culturas em consequência de uma conquista militar ou de dominação política.
Mesmo neste processo de aculturação acontece mistura cultural, isto é, a própria cultura dominante irá assimilar, ainda que mais lentamente, elementos da cultura do povo dominado.
2- AGENTES DE MUDANÇA SOCIAL
A influência de que os indivíduos estão revestidos e que lhes é reconhecida pela generalidade da população, quer essa influência provenha de situações institucionais ou carismáticas, pode ser decisiva na aceitação de novas situações por parte da população em geral.
É neste contexto que o grupo faz menção daqueles que são os verdadeiros agentes da mudança social, como;
v As Elites; pois são pessoas ou grupos que, graças ao poder que detém ou à influência que exercem, contribuem para a acção histórica da colectividade seja pelas decisões tomadas, seja pelas ideias, sentimentos ou emoções que experimentam ou simbolizam.
v Os Movimentos Sociais, estes são organizações de alguma forma estruturadas com vista à defesa e promoção de certos objectivos e agindo, por vezes, como grupos de pressão junto dos órgãos de poder.
A massa humana que mobilizam e pela força reivindicativa de que dispõem, constituem-se como importantes elementos a ter em conta nas sociedades actuais, desempenhando um papel relevante no processo de mudança social e no dia-a-dia de uma sociedade.
v Os movimentos sociais não surgem «do nada», antes resultam de condições sociais facilitadoras para as quais muito contribui o descontentamento dos cidadãos, relativamente à ordem social ou a alguns aspectos dessa ordem.
2.1 TIPOS DE MOVIMENTOS SOCIAIS
v Movimentos Migratórios (ex: judeus antes da constituição do estado de Israel)
v Movimentos Expressivos – movimentos sociais de grupos que, não conseguindo alterar a realidade, alteram as suas reacções face a essa realidade (ex: seitas).
v Movimentos Utópicos – pretendem criar uma sociedade ideal para os seus seguidores (ex: movimento hippie)
v Movimentos Reformistas – pretendem introduzir ajustamentos aos modelos sociais vigentes, como os movimentos de defesa dos direitos das minorias (movimento gay).
v Movimentos Revolucionários – são movimentos tendentes a mudanças profundas na sociedade (ex: P. Comunista e Berloque)
v Movimentos de Resistência – são movimentos tendentes a travar a mudança operada na sociedade (ex: movimento anti-aborto)
2.2 FACTORES E AGENTES DE MUDANÇA
Não é possível encontrar uma causa ou agente único que se possa considerar exclusivamente responsável ou determinante pelos acontecimentos sociais.
No domínio do social, existe sempre uma multiplicidade de causas que, interagindo, produzem situações complexas, implicando, por sua vez, repercussões em diferentes domínios sociais.
É nesta convergência de factores que se deverá procurar não a causa, mas o conjunto das causas que permitiram o desencadear do processo de mudança.
v Factores Geográficos, Em resultado de cataclismos, secas, inundações,pragas, etc., tem-se assistido a grandes êxodos dapopulação rural dos países do Terceiro Mundo.
v Factores Demográficos, Variações nas taxas de crescimento populacional ou grandes êxodos populacionais podem originar situações de mudança social. (ex: emigração inglesa para a América)
Antigamente, os emigrantes provocavam grandes alterações no modo de vida das populações autóctones; Hoje em dia, os emigrantes, por contacto com as culturas dos países para onde emigraram, trazem as sementes da mudança para os países de origem.
v Factores Políticos e Sociais, Factores como a luta de classes ou o conflito político, a acção das elites sociais ou o aparecimento de movimentos sociais portadores de valores e modelos culturais diferentes constituem exemplos de forças capazes de despoletar situações de mudança.
v Factores Culturais, na evolução das ideias: subcultura e contracultura.
Na vida social, os indivíduos relacionam-se dinamicamente. Quer se enquadrem na ordem social vigente, quer a contestem, os indivíduos, ao relacionarem-se entre si, refazem a cada dia o tecido social.
Subcultura, conjunto de relações e traços culturais que, simultaneamente, afasta e aproxima certos grupos da sociedade global, não pondo em causa a cultura dominante.
Quando deparamos com uma subcultura, somos levados a identificar um grupo que, apesar de produzir a sua cultura, não se afasta, de forma significativa, da cultura dominante, antes dela acolhe e assimila inúmeros traços, ao mesmo tempo que contribui para a evolução da cultura dominante que assimila, por sua vez, alguns dos traços das subculturas.
Desta forma, as subculturas podem constituir-se como factores de mudança cultural e social.
Contracultura, indivíduos e grupos que, não só se afastam dos modelos de comportamento socialmente aceites, como os rejeitam e contestam radicalmente, ao mesmo tempo que apresentam uma alternativa cultural à que é dominante.
A contracultura não representará portanto a negação pura e simples da cultura tradicional, antes pressupõe a existência de uma alternativa cultural.
O fenómeno da contracultura assim considerado exige que os indivíduos conheçam e interpretem a cultura dominante, para poderem colocar-se «contra» ela e construírem uma outra, assente em valores culturais bem distintos.
Será no seio da classe ou dos grupos dominantes que se produzirão os mais importantes fenómenos contraculturas. Logicamente, a contracultura exige uma ideologia que justifica a estrutura e a acção do grupo, pelo que não há contracultura sem contra-ideologia.
A Religião, como elemento integrante da cultura dos povos, é também um factor condicionante da mudança.
v Factores Tecnológicos, As descobertas científicas, quando postas em prática, isto é, quando transformadas em novas tecnologias, tornam-se factores de mudança.
v Factores Psicossociológicos, Estão relacionados com a receptividade que diferentes populações manifestam em relação ao «novo».
O grau de instrução, a cultura geral e a informação são factores que contribuem para uma maior abertura à mudança, enquanto a ignorância favorece o conservadorismo.
v Factor Mundialização, é frequentemente salientado como elemento facilitador do processo de mudança, pela aproximação que suscita entre indivíduos, nações ou Estados.
A mundialização é manifesta nomeadamente ao nível; da interdependência económica e da criação dos grandes espaços supranacionais, como a UE; da expansão das tecnologias de informação; da globalização das comunicações; da globalização dos padrões de comportamento; da internacionalização dos conflitos mundiais; da visão ecológica global.
CONCLUSÃO
Desta forma conclui-se que “Mudança social” não acontece apenas porque a informação circula. Para que o papel dos serviços de informação em relação a mudança social seja exercido será necessária uma intervenção compromissada. Nas práticas sociais os serviços de informação não podem se apresentar como neutros e passivos, pois as bases informacionais do poder nos induzem a adoptar uma posição clara.
A forma como se inter-relacionam as organizações deve ser o aspecto principal do processo de mudança, com implicações para provisão e uso da informação. E o modo como nos defrontamos com as barreiras ao acesso e uso da informação definirá nosso comprometimento com a mudança social.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Idem, Sociologia Geral – Vol. 3 “ Mudança Social” Editorial Presença, Lisboa, 1989.
Inf. & Soc.: Est, João Pessoa, v.1, n.1, p.38-44 jan./dez. 1991